O Congresso Nacional instalou nesta terça (5), as
Comissões Especiais para análise de cinco Medidas Provisórias editadas pelo presidente em exercício,
Michel Temer. As comissões irão agora escolher seus respectivos presidentes e relatores. As medidas instaladas hoje tratam desde a
criação e extinção de cargos, criação das Funções Comissionadas do Poder Executivo;
limites de reajuste de receitas patrimoniais decorrentes das plantas de valores;
liquidação e renegociação relacionados ao crédito rural;
apoio financeiro ao Estado do Rio de Janeiro; e sobre a
Câmara de Comercialização de energia elétrica. O senador Romero Jucá (RR) esteve presente na instalação e será membro titular em todas as comissões
A única proposição aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados nesta semana foi o PL 5768/16, que altera o Código Penal Militar, que segue para análise do Senado Federal.
Já o Plenário do Senado aprovou, entre outras matérias, a MPV 716/16, que abre crédito extraordinário para o MTIC e o MD, em sua forma original; e a MPV 718/16, que dispõe sobre o controle de dopagem. As medidas seguem, respectivamente, para a promulgação e sanção presidencial.
Os senadores também aprovaram nesta terça (5) os nomes de quatro indicados para diretorias do Banco Central: Reinaldo Le Grazie para a diretoria de Política Monetária; Tiago Couto Berriel para a Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos; Carlos Viana de Carvalho para a Diretoria de Política Econômica; e Isaac Sidney Menezes Ferreira, atual procurador-geral do Banco Central, para assumir a Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania. Os quatro indicados foram sabatinados ainda nesta terça mais cedo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Ø Comissão muda contribuição previdenciária do setor de treinamento de informática – A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta (6), o PL 2041/15, que assegura a empresas de Tecnologia da Informação (TI) ou de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que prestem serviços de treinamento em informática, o direito de substituir a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento por uma contribuição de 4,5% incidente sobre a receita bruta. O texto foi aprovado com apenas emenda de redação. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Ø Congresso vai debater projeto de terceirização específico para TI – A deputada federal Geovania de Sá (PSDB/SC), anunciou, durante o painel que discutiu a terceirização no Rio Info 2016, que apresentará na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que vai regulamentar o tema especificamente no setor de Tecnologia da Informação. No entender da deputada, a regulamentação no setor de TI ficou muito aquém nestes dois projetos, daí necessidade de se promover um projeto específico para regulamentar os Serviços Complementares Especializados na Cadeia Produtiva de Tecnologia da Informação. Assista à entrevista aqui.
Ø Câmara recebe Simples Nacional – O substitutivo ao PLP 25/17, que amplia o Simples Nacional, foi recebido na Câmara dos Deputados. A matéria deverá ser submetida à Comissão Especial, e, posteriormente ao Plenário da Câmara dos Deputados. Destacamos que o projeto tramita em regime de urgência, podendo ser submetido ao Plenário a qualquer momento, independentemente da apreciação pela Comissão Especial.
Ø Líder do governo quer evitar recesso parlamentar em julho – O líder do governo, deputado Andre Moura (PSC/SE), vai propor a mudança de um possível recesso parlamentar em julho para a segunda quinzena de setembro. Moura disse, nesta segunda (4), que vai apresentar a ideia formalmente durante a reunião dos líderes partidários nesta terça (5). A provável não votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nos próximos dias impedirá o recesso formal do Congresso Nacional entre 18 e 31 de julho. No entanto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, cogita o chamado “recesso branco” neste período, sem sessões deliberativas.
Ø Comissão aprova uso de recursos do Fust para internet em banda larga – Os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) poderão ser usados para a ampliação do serviço de acesso à internet em banda larga e a promoção da inclusão digital, e não apenas no serviço de telefonia fixa. É o que determina o PLS 427/14, aprovado nesta terça (5) na forma de substitutivo pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). O substitutivo do senador Lasier Martins (PDT/RS) mantém a razão de 30% para ser aplicada discricionariamente pela Administração Pública, de acordo com os critérios de conveniência e oportunidade. A matéria ainda será apreciada terminativamente pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Ø Conselho de comunicação social pede rejeição ao PL 5074, que regula internet – O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional reunido na segunda (4), recomendou a rejeição do PL 5074/16, que aumenta o poder do Ministério Público e da polícia na investigação de crimes praticados por meio da internet. Com a recomendação, o Conselho procura resguardar os direitos individuais e a liberdade de expressão. O parecer aponta a proposta – já aprovada no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados – viola direitos fundamentais, atenta contra o direito de privacidade, a liberdade de expressão e gera preocupações sobre o próprio funcionamento da internet, com o aumento da judicialização e dos conflitos na rede.
Ø Sem urgência, PL de proteção dos dados pessoais pode demorar para ser aprovado – O deputado Orlando Silva (PCdoB/SP) defendeu uma saída política para acelerar a aprovação do PL 6276/16, que dispõe sobre proteção aos dados pessoais, após a retirada da urgência, requerida pelo presidente interino Michel Temer. No entendimento do parlamentar, que coordenou audiência pública sobre o tema na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara, nesta quinta (7), ainda há posições muito divergentes sobre a proposição. Uma das saídas seria a criação de uma comissão especial para análise da matéria e, para isso, teria que distribuir o projeto para mais uma comissão permanente, disse o parlamentar, que também é um dos relatores do projeto. Hoje a proposta também terá que passar pela Comissão de Ciência e Tecnologia e de Constituição e Justiça.
Ø Comissão especial da Agenda Brasil é reinstalada – A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN) vai retomar os trabalhos a partir da próxima terça (12). A maioria dos integrantes da comissão passou a fazer parte da Comissão Especial do Impeachment, o que terminou inviabilizando o trabalho da CEDN. Assim, o presidente do Senado, Renan Calheiros, em acordo com os partidos, indicou novos membros para a comissão, que foi reinstalada na tarde desta quarta (6). O presidente da Comissão, senador Otto Alencar (PSD/BA), apontou como prioridades o PLS 52/13, que trata da gestão e do controle social das agências reguladoras; e o PLS 559/13, que moderniza a Lei de Licitações.
Ø Projeto que atualiza o limite das modalidades de licitações tem novo relator – Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ do Senado Federal, o senador Romero Jucá (PMDB/RR) foi designado relator do PLS 604/15, que atualiza os valores limites das modalidades de licitações.
Ø Debatedores divergem sobre mudança na CLT para favorecer acordos extrajudiciais – Participantes de audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, divergiram, nesta terça (5), sobre a flexibilização da legislação trabalhista para favorecer acordos extrajudiciais. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maurício Godinho Delgado afirmou que não há nenhuma razão consistente para se colocar em risco toda a lógica de proteção legal do trabalhador. Para a representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Graça Costa, a proposta que permite a flexibilização da CLT é uma tentativa de confronto direto a tudo o que foi conquistado pelos trabalhadores. Já o representante do Ministério Público do Trabalho, procurador João Carlos Teixeira, afirmou que, em cenário com frágil representação sindical e momentos de crise econômica, é o capital que se impõe.